Dias de Nietzsche em Turim
Esse é um filme que vem merecidamente encabeçar a lista dos filmes que quase ninguém viu, nem quer ver e tem raiva de quem fala que é bom. Só pela intenção, já valia ser indicado ao Oscar, ao Golden Globe ou Saga Awards: uma produção brasileira recria os últimos dias (sãos) da vida do filósofo alemão Friedrich Nietzsche na cidade italiana de Turim. O corajoso dessa história é o diretor Júlio Bressane que tem no currículo um clássico 'sem pé nem cabeça' dos anos 60, Matou a família e foi ao cinema, mas esse é tão clássico que nem eu consegui ver ainda (fico devendo).
Nietzsche é vivido por Fernando Eiras. Eiras não tem carreira cinematográfica, e se você não assistiu as novelas da Manchete, provavelmente, nunca ouviu falar nele (Ele era Luís Felipe em Xica da Silva e ainda pode ser visto na atual reprise de Dona Beija). Ele está ótimo, considerando a dificuldade de atuar detrás daquele bigode. A nossa versão tupiniquim é muito melhor do que a de Armand Assante em Quando Nietzsche chorou que pareceu encarnar mais a concepção de Yalom, muito amargurada e melancólica, quase frágil.
É em Turim que Nietzsche concebe seus livros "Crepúsculo dos Ídolos", "Os ditirambos" e passagens do "Ecce Homo". É lá também que lhe vem suas idéias mais aterradoras como o Eterno Retorno. Enquanto isso, ele perambula solitário pela cidade, vai dezenas vezes ao teatro ver Carmen e tem seus surtos de loucura no quarto (cena memorável de Nietzsche doidinho de pedra). Mariana Ximenes capricha na cara de mal para encanar Elizabeth, a irmã tirânica do filósofo, cuja interpretação não deixa impressão alguma.
De repente, durante a leitura de um texto nietzscheano aparece uma mulher nua. Calma! Isso é um filme brasileiro, não esqueça! Tem que está atento para sacar as viagens do cineasta.
A produção é de 2001, e eu pude assistir em 2003 no pay-per-view. No ano passado a TV Brasil exibiu o filme na sua programação, o que significa que o filme deve voltar a passar no mesmo canal que costuma reprisar muito os filmes em Cadernos do Cinema Brasileiro.
Esse é um filme que vem merecidamente encabeçar a lista dos filmes que quase ninguém viu, nem quer ver e tem raiva de quem fala que é bom. Só pela intenção, já valia ser indicado ao Oscar, ao Golden Globe ou Saga Awards: uma produção brasileira recria os últimos dias (sãos) da vida do filósofo alemão Friedrich Nietzsche na cidade italiana de Turim. O corajoso dessa história é o diretor Júlio Bressane que tem no currículo um clássico 'sem pé nem cabeça' dos anos 60, Matou a família e foi ao cinema, mas esse é tão clássico que nem eu consegui ver ainda (fico devendo).
Nietzsche é vivido por Fernando Eiras. Eiras não tem carreira cinematográfica, e se você não assistiu as novelas da Manchete, provavelmente, nunca ouviu falar nele (Ele era Luís Felipe em Xica da Silva e ainda pode ser visto na atual reprise de Dona Beija). Ele está ótimo, considerando a dificuldade de atuar detrás daquele bigode. A nossa versão tupiniquim é muito melhor do que a de Armand Assante em Quando Nietzsche chorou que pareceu encarnar mais a concepção de Yalom, muito amargurada e melancólica, quase frágil.
É em Turim que Nietzsche concebe seus livros "Crepúsculo dos Ídolos", "Os ditirambos" e passagens do "Ecce Homo". É lá também que lhe vem suas idéias mais aterradoras como o Eterno Retorno. Enquanto isso, ele perambula solitário pela cidade, vai dezenas vezes ao teatro ver Carmen e tem seus surtos de loucura no quarto (cena memorável de Nietzsche doidinho de pedra). Mariana Ximenes capricha na cara de mal para encanar Elizabeth, a irmã tirânica do filósofo, cuja interpretação não deixa impressão alguma.
De repente, durante a leitura de um texto nietzscheano aparece uma mulher nua. Calma! Isso é um filme brasileiro, não esqueça! Tem que está atento para sacar as viagens do cineasta.
A produção é de 2001, e eu pude assistir em 2003 no pay-per-view. No ano passado a TV Brasil exibiu o filme na sua programação, o que significa que o filme deve voltar a passar no mesmo canal que costuma reprisar muito os filmes em Cadernos do Cinema Brasileiro.
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