domingo, 15 de junho de 2008

O ser poético


Simple Fortune


Those terrific eyes of you

Has within the simple fortune

Of holding my heart in return


Once again they shiver gladly

In front of my caress completely given

And as it was so easy to do

They go reaching all my inner truth


For a girl that can take nothing for granted

Defenseless goes this usual hunter

Even it’s such an unbearable happening

She throws herself hunted pleasantly!


Não é uma ode à língua inglesa. É apenas uma linguagem por onde essa poesia pôde existir. Observando ela em sua forma original acima, tentei traduzi-la e saiu algo diferente da idéia original, mas não menos poético:


Fortuna

Este teu afável olhar

Guarda a simples fortuna

De meu íntimo abarcar

Sem pedir licença nenhuma

Outra vez as íris brilham

Diante do afeto em apogeu

E como se fosse fácil, captam

A verdade que se escondeu

Para o amante da conquista

É intolerável o que de todo lhe fisga

E mesmo que seja insuportável o fato

Ela se entrega, por querer, ao caçado!



Por essa razão penso que a tradução de poemas devia ser proibida, muito embora gere algo não menos poético e interessante, no entanto, de sentido provavelmente desconexo e infiel à poesia original. Essa peculiaridade que possui a poesia traduz o âmago de minha paixão por ela. Ela não é apenas concatenação de idéias, mas, além disto, idéias concatenadas ao sabor de uma sonoridade única e indissociável.

sábado, 14 de junho de 2008

Postagem na madrugada

Acho que todos os novos blogues com uma proposta interessante devem buscar algum tipo de divulgação mútua. Aqui fica, pois, o endereço do blogue de uma amiga lá de terras distantes: Vitória da Conquista(BA) - cidade com o nome mais esquisito do mundo, segundo palavras da própria nativa. Ela nos divulgou, então eu devolvo a cortesia.

O blogue é o Psicoteco, da minha amiga Hellnatinha.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Sobre os jornais impressos, o Patos Online e a família Sagaz

A imprensa de Patos é foda! Começo dizendo logo assim, porque recebo mensalmente um paiol de jornais e vejo um trabalho terrível. Notícia política parece ser o único conteúdo realmente interessante para seus idealizadores. Durante todo o mês, o povo fala sobre inúmeros assuntos, acontecimentos que acontecem na região, eventos do passado... Mas quem escreve, dá nó em vento e acaba sempre falando sobre os ilustres, saudosos, magnânimos políticos da cidade (e seus graaaaaandes feitos).

Para se ter uma idéia de como é a babança impressa em papel jornal, vou citar uma notícia da edição nº127 Jornal O Sertão. Palavras de Marcos “seja lá quem for” Nogueira:

“Com a mesma sagacidade do saudoso Edivaldo Motta, Francisca Motta vem mostrando a cada dia que dificilmente perderá uma campanha, em termos de legislativo. Até parece a reencarnação do Perereca. E a prova maior foi dada em sessão passada, quando a atuante deputada não pensou duas vezes para, de supetão, tirar das mãos de José Gonçalves a ata de uma reunião, que teimava em não lhe dar. Foi motivo de riso e de muito ibope para a parlamentar das Espinharas”.

Eu acho que pra quem acompanha o blog, já deve ter notado que Marcos Nogueira fez exatamente o contrário do que eu fiz em minha primeira publicação no Soda Cáustica: exaltou a ação da deputada em tirar o papel das mãos do “Chefe da Casa” e sair correndo. Pô! Ela é muito sagaz igual ao marido?! Isso quer dizer o quê? Que Edivaldo Motta saía por aí roubando papéis de pessoas que presidiam reuniões?! Por favor!

Em uma coisa Marcos Nogueira estava certo: De que todo esse labacé foi motivo de riso (mas não de orgulho).

Já do Patos Online, não há nem muito a se falar. O povo do Soda Cáustica me diz o que aconteceu entre os dois sites e eu só faço rir quando fico sabendo do que é feito no Patos Online pra parecer que o nosso blog não existe. Tiraram o link do S.C. do site, no mural não se pode digitar a palavra “Soda Cáustica” nem “SD Cáustica”, nem “SC” nem nada que lembre o nome do blog. Agora, os outros blogs também perderam espaço no portal Patos Online...

Acho que com essas atitudes, os donos do tal portal se achem importantes. Mas vejam só! Se for colocado no Google o nome “Soda Cáustica Blog”, vai aparecer antes mesmo que o nosso link, o link do Patos Online.

Estamos intimamente ligados.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Allyrio no Soda Cáustica


Bom, essa é uma postagem extraordinária, como aqueles boletins do plantão da Globo. Extraordinária pelo menos para mim, que não esperava nem pensava postar algo dessa forma. Mas como o assunto entrou em pauta no Mural do Patosonline, então eu vou publicar. Antes de tudo, presto apenas alguns esclarecimentos:

Como falaram em Allyrio Meira Wanderley - e eu me meti na conversa -, entre uma fala e outra trocada, o muralista Souza Irmão me pediu que fizesse um texto biográfico. Ora, já existem alguns circulando, escritos por ilustres patoenses, mas muito ruins (definitivamente!). Eu não quero escrever um "mais do mesmo". Então aproveitei um e-mail que enviei para uma professora Doutora há certo tempo, fiz algumas edições e vou dispô-lo aqui. Omiti alguns nomes e informações para proteger o meu anonimato e deixar de lado as outras pessoas envolvidas (algo que, creio eu, nesse momento não assume grande relevância). Onde eu coloquei Lau Cariri, é claro que no lugar estava meu nome verdadeiro. E onde estão as lacunas, no e-mail estava tudo completo. É texto mais acadêmico, me perdoem, mas acho que isso pode substituir a biografia.



Saudações, caríssima _________


Hoje, 24 de janeiro, eu fazia uma busca de rotina na internet acerca de Allyrio Meira Wanderley, cruzando o nome dele com outras referências. Quando usei, junto no critério da busca, o termo "Monte Brito", pseudônimo com qual assinou vários rodapés em jornais na década de 1940, o buscador apontou para o banco de teses e dissertações da ______ e lá encontrei sua tese de doutoramento. Não a li por inteiro, afinal, estou com ela há menos de 15 minutos, mas pude "sentir" do que se trata. Evidentemente, fui direto à procura de onde havia a tal referência. E para minha alegre surpresa, vi que o contexto onde estava citado o nome do Autor era o mais bem localizado possível: os projetos de brasilidade na Era Vargas. Nunca empreendi uma pesquisa inteira sobre a relação da obra de Allyrio Meira Wanderley com esse tema tão atraente e tão em ascensão na pesquisa histórica brasileira atual, mas já ensaiei alguns passos e tenho outras idéias, muitas mesmo (pois acerca de Allyrio, que além de filósofo e crítico literário, também foi romancista, é possível traçar relações e confluências de sua literatura com as idéias do jovem Lukács d'A Teoria do Romance e com as obras de Thomas Mann e de Dostoiévski no que dizem respeito aos projetos de modernidade, cultura, ideologia, política, moral e Progresso discutidos por estes escritores).

Como sua tese foi defendida em 2002, e já se vão por volta de 6 anos, espero que tenha obtido mais informações sobre Allyrio, sobretudo agora que é professora de História da UF____. E aqui, permita-me que me apresente. Meu nome é Lau Cariri, sou recente _____________ pela UF___. Sob orientação do Prof. __________, defendi minha monografia de conclusão de curso "Entre a Literatura e a História: Uma Contribuição ao Tema a Partir da Obra Bolsos Vazios de Allyrio Meira Wanderley" em outubro passado. Neste trabalho, que tem de tudo um pouco, na terceira parte há uma avaliação dos projetos de ideologia, política e cultura no referido romance. Lembro-me que enquanto escrevia o trabalho, a quantidade de referências que encaixavam a literatura de Allyrio dentro da perspectiva dos projetos de brasilidade das primeiras décadas do século XX no Brasil eram enormes, principalmente no quesito da discussão de uma possível arte brasileira, da sua forma e conteúdo específicos, além de um grande diálogo sobre a aceitação ou rejeição dos vanguardismos (só para localizar, o romance Bolsos Vazios foi escrito em 1928). Não foi tão difícil, portanto, encontrar proximidade com os debates de natureza semelhante, em contexto particular, é claro, presentes n'A Montanha Mágica, de Thomas Mann.

Bem, retomando… como dizia, espero que tenha obtido mais informações sobre esse autor com sua presença na UF____, uma vez que Allyrio era paraibano (da cidade de Patos, no sertão, que é o lugar, por sinal, de onde lhe escrevo agora). Sou pesquisador de sua obra há algum tempo e já tive a oportunidade de ler seus romances e seus ensaios de sociologia, crítica e teoria literária e de filosofia. Você mencionou As Bases do Separatismo quando se referiu ao período Vargas e a construção do projeto nacional. De fato, nesse livro, há uma radicalização do discurso contra a unidade brasileira e que foi reprimida ainda no ano da publicação (já cheguei a ler a nota emitida pelo DIP onde considerava o livro de subversivo e comunista e que por tais razões cassava a obra e processava o Autor - de modo que Allyrio foi mesmo processado e até se refugiou na região do Pico do Jabre, próximo a Teixeira, enquanto não foi absolvido das acusações).

Bem. Com todo esse palavreado, é possível que você só esteja pensando em qual seria a intenção desse e-mail. Direi. Sou pesquisador de Allyrio, mas encontro muitas dificuldades em juntar material de pesquisa assim como manter um respaldo acadêmico para pesquisá-lo. Digo isso porque quando iniciei meus estudos para a monografia, o maior problema encontrado foi não ter referências para minhas observações e análises. Allyrio é pouquíssimo conhecido e isso cria uma barreira para manter um diálogo com outras leituras já feitas sobre seus livros e com as quais eu possa comparar e tomar como embasamento. Isso me motivou a quase que encampar uma missão de tornar Allyrio visível e, através de contatos que venho estabelecendo, tenho conseguido resultados bons. Nunca foi meu objetivo a atitude mesquinha de, como se tivesse achado uma mina de ouro, esconder Allyrio Meira, mesmo sabendo que suas obras "dão pano para mangas" e trabalhos sobre elas são inéditos. Durante esse tempo, estabeleci contatos que muito ajudaram. Espero ter encontrado em você mais uma grande ajuda.

Minha proposta é que estabeleçamos um diálogo. Quando escrevi minha monografia, havia estudado em disciplinas do curso a historiografia brasileira do século XX, coisa que me permitiu muitas das análises que encaixam Allyrio no contexto que você mesma aborda no momento inicial da sua tese. Mas ainda assim, considero as análises presentes no meu texto defasadas quando comparo com o que já "ruminei" desde então e com o que adquiri com esse tempo passado. Penso que com certeza suas leituras mais abrangentes no tema sejam capazes de agenciar a relação "Allyrio-Contexto de formação da brasilidade no início do século XX" de maneira mais eficaz e me ajudarão deveras. Ressalto, ainda, que para além dessa minha sugestão podem e devem prevalecer seus próprios interesses quando tomar contato com Allyrio e avaliar o que sua obra pode efetivamente lhe dizer e como pode conversar com as pesquisas desempenhadas atualmente por você.

Imagino, é claro, que você tem muitas ocupações como professora da UF___ e que elas até impeçam seu empenho nessa proposta. Mas pela afinidade que à primeira vista se estabelece entre os temas, creio que seja sim de seu interesse.

Portanto, antes mesmo de terminar, é possível até crer que tudo isso que acabei de falar sobre Allyrio Meira já seja de seu conhecimento, e talvez você já tenha mais idéias e sugestões diante do que encontrou. Isso seria ótimo! Então, pergunto agora: além daquela informação presente na sua tese, já pesquisou algo mais? A questão é importante porque só assim posso avaliar como posso ajudá-la fornecendo algumas coisas de que disponho - e de como você pode me ajudar também.

Aguardo resposta.

Agradeço sua atenção.

Mui respeitosamente,

Lau Cariri

PS: outra coisa que o buscador apontou quando cruzei as mesmas referências de que falei acima foi um artigo de Graciliano Ramos para o jornal carioca O Jornal publicado como se fosse uma carta endereçada a Allyrio que se encontra na Biblioteca do Centro Universitário Claretiano. Eles puseram um trecho na internet que eu colo agora (Monte Brito era o próprio Allyrio usando pseudônimo. Ou seja, quando Graciliano, escrevendo a Allyrio, diz que tem procurado Monte Brito, "esse seu amigo", fala é do próprio Allyrio de maneira indireta para o próprio Allyrio (a redundância fez-se necessária mesmo). Sei que Allyrio Meira era um sujeito de índole forte e duro nas convicções, daí minha conclusão):

400 / N.2/2001 [ Artigo ]

O JORNAL-RJ.. Carta a Allyrio,Graciliano Ramos.. Teresa-Revista de Literatura Brasileira2-USP., , n. N.2/2001, 2001.

Resumo:

Tenho procurado avistar-me com monte Brito,mas esse seu amigo ‚ vaporoso,‚ abstrato,abala-me as conviccoes,atira-me ao idealismo,insinua-me a suspeita de que um ser livre de carne e osso ‚ capaz de escrever extensos rodapes..... Anual.... Preto....

Palavras-chave:

GRACILIANO RAMOS; LITERATURA; CARTA A ALLYRIO..Biblioteca - Centro Universitário Claretiano 001

Sobre o Caso Concorde, a Casa dos Deputados e o Pagodão do Governador

Pra quem gosta daqueles muídos políticos, principalmente os de nosso Estado, nada melhor que assistir ao programa televisivo Correio Debate. O programa é apresentado pelo jornalista Helder Moura. Um sujeito de aparência bem "cinza escritório". Mas cá pra nós... Entre os jornalistas paraibanos, ele é o melhor.

Citei Helder Moura e seu programa de debates porque é o único programa de televisão paraibano que fala sobre política com profundidade. Rir ajuda na digestão do almoço da vovó, então procuro acompanhar as piadas do Governo.

Um exemplo é o "Caso Concorde". Aquele do dinheiro jogado pela janela de um prédio pelos assessores de campanha do atual governador. Muita criatividade do Cinzento Helder! Além de martelar em cima do caso até hoje, ainda tira piada! Deu certo... O nome "Caso Concorde" ou "Caso do Dinheiro Voador" foi criado no programa e ganhou popularidade...

No Brasil, uma regra é fundamental. Coisa do governo ou é roubada ou sucateada.

Aqui na Paraíba, é claro, não poderia ser diferente. E como hoje estou fazendo propaganda de graça para Helder Moura, "O Cinzento", vou falar sobre o que ele tem mostrado até agora (e que já faz algum tempo).

A Assembléia Legislativa está em ruínas! Em pedaços! Para se ter uma idéia, boa parte das cadeiras estão ou quebradas, ou enferrujadas ou as duas coisas; a bancada do Chefe da Casa está podre; o teto, mofando; e uma poça d'água em um canto de parede.

Pórém a "Casa dos Deputados" não é toda ATRASOS e DESCASOS, não! Manhã passada vi uma imagem pitoresca: Em busca de tecnologia, aparamentaram a A.L. com rede wireless. Na situação, com sessão aberta, alguns deputados estavam acessando o Orkut e o Msn tranqüilamente. Prova de que nossos representantes estão "antenados" com as novas tecnologias e que têm uma estupenda capacidade de organizar suas idéias fazendo duas coisas ao mesmo tempo.

Danado foi um episódio que aconteceu 2 meses atrás... A deputada patoense Francisca Motta correndo, pulando e gargalhando depois de um grande feito seu. Ela, de forma sorrateira, tomou uma pauta das mãos do Chefe da Casa e fugiu "com toda a porra". Só me lembrei da vergonhosa cena em que uma deputada federal petista dançou frente a seus colegas um ano atrás, em Brasília, por vencer em votação mais um projeto que beneficiava sua classe.

Helder Moura também é detetive em suas horas vagas. O faz pra espairecer... Em uma de suas investigações, ele conseguiu um vídeo feito com um celular contendo a imagem de nosso querido governador em um pagodão. Certo que até político também é ser humano (assim dizem por aí)... Mas o conteúdo do vídeo também mostra uma bela loira amassando e sendo amassada por Cássio. Ora! Não é de se criticar... É de mostrar que o governador Cássio é
humano... Demasiado humano...