sábado, 20 de março de 2010

Portuguêis nóis sabi...

No começo eu achei que fossem erros de impressão, mas depois, pela recorrência do troço, notei que havia algo mais. Os jornais Pholha de São P. e Status de São P., assim como a Revista inVeja, andam fazendo uma brincadeira jocosa, uma piada inteligentíssima, engraçadíssima... (ha, ha, ha!), bem, como dizia... eles andam pintando e bordando com os discursos do presidente Lula e agora de Dilma Roussef. Pegam as falas faladas dos dois e transcrevem nas matérias do mesmo jeito como supostamente se pronuncia. Assim, além dos erros de concordância normais de quem fala coloquialmente (os mano paulista sabe muito bem disso), abreviaturas tais como "nós 'tamo dialogando", os caras tão sugerindo que a ministra e o presidente também falam com erros, como no caso do verbo haver: digo a horas que vocês estão doidos. Se é pra radicalizar, tirem o H de "hora" também. Mas isso é uma estupidez mesmo...

E só pra esclarecer sobre o danado do H, ele não é falado, ou melhor, não o escutamos faz um bom tempo. Ele ficou como lembrança do
espírito áspero do Grego que, na pronúncia erasmiana, tem som semelhante ao do H em "house". Alguns vocábulos, naturalmente (percebam isso pronunciado) possuem uma aspereza na garganta logo na primeira sílaba, sobretudo em palavras como: harmonia, horda, herdeiro. Essa aspereza era maracada colocando-se um sinal parecido a uma vírgula com a concavidade invertida pouco antes e acima da primeira vogal da palavra no Grego. Difícil? Oxe, nada!

Agora vou dar uma sugestão pra esses caras e bastante inovadora: transcrevam todos os seus textos publicados daqui pra frente usando os caracteres fonéticos. Vai ficar muito legal.

Arriégua!